segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Qué Couve?

Meu avô nunca teve medo de nada,
de nada!
Sempre nos lugares que ia
fazia o povo dar rizadas,
a alegria sempre estava!

Meu avô suava!
Tinha as mãos calejadas,
sempre nos lugares que ia
fazia o povo dar rizadas...
A alegria sempre estava...

Meu avô contava piadas e histórias,
meu vô nunca se importava,
aonde quer que ele ia
fazia o povo dar rizadas...

Meu vô era forte igual uma rocha,
bem igual um coco cheio d'água!
Aonde quer que ele vá
não vai querer ver o povo chorar...
Não se preocupe! Nós iremos continuar contando suas piadas!



*1941 †2013 


















quarta-feira, 21 de agosto de 2013

poema do nada

nada se perde
tudo se ganha
poesia não brinca
poesia é séria

poema não
poema é livre
pessoal
impessoal

tanto quanto o quê?
tudo quando o quê?
todo canto o quê?

não escrevo mais de brincadeira
despeço-me de toda a graça
vejo tudo quando passa
saio de casa encontro uma garça
vejo um índio indo à caça
de uma bela devassa
que passeia pela praça
joga a corda e logo laça
aquele corpo grande, pura massa
amassa, descasca, amordaça, embaça, faça, abraça, arruaça, cabaça, carcaça, raça, fumaça, trapaça, vidraça, argamassa, satisfaça, fracassa, cachaça, não tem graça...

importa mais ser vivo
orgânico e passageiro


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Só se rouba uma história se for pra cantar.

Quem atualmente
sente?
um impasse no proletariado

arremate o inconsciente
sente?
mais vitória no presente... Sempre inconsistente...

Assim deixou por esperar
e tão pouco
em algum lugar o tempo marcou

se por partes
estava a par da parte
ou quem sabe é mais um relapso de ignorância.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013