quarta-feira, 21 de agosto de 2013

poema do nada

nada se perde
tudo se ganha
poesia não brinca
poesia é séria

poema não
poema é livre
pessoal
impessoal

tanto quanto o quê?
tudo quando o quê?
todo canto o quê?

não escrevo mais de brincadeira
despeço-me de toda a graça
vejo tudo quando passa
saio de casa encontro uma garça
vejo um índio indo à caça
de uma bela devassa
que passeia pela praça
joga a corda e logo laça
aquele corpo grande, pura massa
amassa, descasca, amordaça, embaça, faça, abraça, arruaça, cabaça, carcaça, raça, fumaça, trapaça, vidraça, argamassa, satisfaça, fracassa, cachaça, não tem graça...

importa mais ser vivo
orgânico e passageiro


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Só se rouba uma história se for pra cantar.

Quem atualmente
sente?
um impasse no proletariado

arremate o inconsciente
sente?
mais vitória no presente... Sempre inconsistente...

Assim deixou por esperar
e tão pouco
em algum lugar o tempo marcou

se por partes
estava a par da parte
ou quem sabe é mais um relapso de ignorância.